Foi a anestesia? Menino autista de 8 anos morre após ir ao dentista
Primeiramente, consultar o dentista é algo que frequentemente somos obrigados a fazer. No entanto, existem alguns procedimentos perigosos e que ao precisar de anestesia, o profissional faz uma série de questionamentos.
Como, por exemplo, se você é alérgico a anestesia ou se já tomou alguma vez na vida. Isso porque, a anestesia apresenta alguns efeitos muito conhecidos e que algumas pessoas não se “dão”.
Além daquele de deixar a sua boca inchada e sem sentir nada. Um dos efeitos listados, é a arritmia cardíaca, que pode durar cerca de dois minutos. Mas, raramente acontece.
Nessa última semana, viralizou nas redes sociais a triste notícia de óbito, de um garotinho de apenas 8 anos, após ir ao dentista.
O menino, que tem o diagnóstico de autista, precisava de atendimento e se dirigiu à Unidade de Saúde da sua cidade, em Itaueira, no Piauí. Alexandre Reis de Carvalho precisava fazer uma limpeza nos dentes.
Foi a anestesia?
Em entrevista ao G1, um primo contou que Alexandre foi ao posto de saúde acompanhado da mãe e de um tio. Entretanto, por ser criança, ele recebeu a anestesia para não sentir nada.
Segundo o primo, após a anestesia, por volta das 11 horas da manhã da última segunda-feira, 16, Alexandre sofreu uma parada cardíaca.
Imediatamente a criança foi socorrida. Já no Hospital, no decorrer do dia, sofreu ainda mais três paradas. A última ao final do dia, por volta das 16 horas.
Ademais, o caso tem ganhado visibilidade da mídia, que lamentou a morte da criança sem causa comprovada. A Polícia Civil de Itaueira está investigando o caso. O corpo de Alexandre sucedeu levado à perícia para realização de diversos exames.

Secretaria de Saúde desmente o uso de anestésico
Em nota publicada nas redes sociais, a Secretaria de Saúde de Itaueira informou que a criança recebeu o atendimento que precisava.
E ainda ressaltou que a criança sucedeu atendida por cinco profissionais da saúde: dois médicos, um dentista, um técnico em saúde bucal e um enfermeiro.
Sobretudo, por ser uma criança hiperativa e com autismo, Alexandre precisou, inclusive, de sedativos para se acalmar. Porém, a gestão nega o uso de anestésico.
Em nota publicada pela Prefeitura de Itaueira, o paciente teria recebido o procedimento diferenciado que necessitava (por ser autista), e ainda que, sucedeu aplicado somente o uso de sedativo para acalmar a criança.
Em nome da secretaria de saúde, a nota esclarece e nega a aplicação de anestesia na criança pela não necessidade do produto.
Visto que, o procedimento realizado na criança teria sido somente uma restauração dentária.
A família está desolada e buscando por respostas
A família informou que não entende ao certo como aconteceu a morte da criança e buscam por explicações.
Em especial, à mãe, que está desesperada e inconformada pela perda prematura do filho.
O primo da criança, identificado como Kaiki Reis, contou ao G1 que o menino tinha autismo, mas que no momento do atendimento não estava agitado.
Porém, de acordo com ele, mesmo assim aplicaram a anestesia.
Horas depois, por volta das 11 horas da manhã começou a passar mal, teve a primeira parada cardíaca, desmaiou e não retornou mais.
A mãe relata que pouco tempo após tomar a anestesia, que a Secretaria nega a aplicação, o filho começou a passar mal.
Delegada fala sobre o caso
A família registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Itaueira, por acreditar que a morte da criança tenha ocorrido por negligência médica.
No entanto, a Delegada Roberta Leitão disse que o caso não está sendo tratado como crime, mas a investigação serve para descobrir o que realmente houve.
Por fim, a delegada informou que até o momento nenhuma testemunha sucedeu ouvida. Contudo, estão investigando se a vítima tinha algum problema de saúde desconhecido pela família, e que possa ter influenciado no óbito da criança.