Mulher em coma há 21 anos pode ser menina desaparecida nos anos 70
A mulher identificada apenas pelo apelido de Clarinha e internada há 21 anos em uma Hospital de Polícia de Vitória, no Espírito Santo, pode ser uma bebê de 1 ano e 9 meses desaparecida em Guarapari, no ano de 1976.
Os policiais que atenderam a ocorrência na época, deram o nome de Clarinha por não ter nenhum registro ou documento de identificação da paciente.
Sobretudo, Clarinha deu entrada no hospital devido a um atropelamento no ano de 2000, desde então, está em estado vegetativo e como uma indigente na unidade de tratamento.
Desde da internação, já foram realizadas várias formas de identificação, porém nenhuma teve sucesso.
No fim do ano passado, um grupo de papiloscopistas da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) se ofereceu para ajudar nas buscas pela identificação da paciente.
Até então, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) seguia essa difícil missão com recursos limitados.
O grupo realizou um novo exame utilizando a técnica de comparação facial. O processo consiste em jogar as correspondências no banco de dados de pessoas desaparecidas e encontrar características físicas semelhantes às da paciente.
No entanto, foi a partir daí, que o Ministério Público chegou até Cecília São José de Faria, a bebê de 1 ano e 9 meses com características semelhantes às de Clarinha.
Então, agora o órgão iniciou o processo de reconhecimento através do material genético da paciente comparado ao da família de Cecília, residentes em Minas Gerais.
O Ministério Público do Espírito Santo informou que já havia sido solicitado a comparação de exames entre os perfis genéticos e que aguarda sair o resultado do procedimento, que foi adotado pela Polícia Civil mineira.

O SEQUESTRO DE CECÍLIA EM 1976
Na época do sequestro, a família viajou de Minas Gerais até Guarapari para relaxar. A irmã de Cecília, que na época tinha 5 anos, Débora São José de Faria, servidora pública e hoje com 50 anos, conta que sua irmã desapareceu no fim da tarde do dia 2 fevereiro de 1976, um dia depois de chegar à cidade.
No dia do desaparecimento, a servidora pública disse que a família foi à praia e em seguida voltou para casa.
A babá dava banho no irmão mais velho e quando chamou Cecília percebeu que ela não estava mais em casa.
O local onde estavam hospedados era dentro de um condomínio fechado, em um acampamento de adventistas.
20 SUSPEITAS DE SER CECÍLIA
Apesar de haver grande chance de Clarinha ser a bebê sequestrada, a família aguarda desde abril o resultado do exame genético.
Muitos anos se passaram, porém a família nunca perdeu a esperança de encontrá-la. Mas, mesmo com tamanha expectativa a mulher em coma há 21 anos pode não ser a bebê.
A própria irmã de Cecília afirma ser só mais uma suspeita. Isso porque, segundo ela, desde do desaparecimento, aproximadamente 20 pessoas tiveram ligação em ser Cecília, mas nenhuma era.
No entanto, mesmo existindo uma grande possibilidade de não ser a bebê, a família cria uma esperança e sempre ficam ansiosos com o resultado.

A ESPERA PELO RESULTADO
De acordo com Débora, ela recebeu um telefonema de um homem que se identificou como policial do Paraná.
Na ligação ele contou sobre uma possível relação entre a mulher em coma há 21 anos e Cecília.
Entretanto, a servidora conta que buscou na internet para saber se a informação da internação da mulher era mesmo verdadeira e viu que existia sim uma mulher internada no Espírito Santo.
Então, ela buscou a Delegacia da região para entrar em contato com o Hospital e pedir o exame genético.
Sobretudo, na mesma semana a coleta do material genético chegou à delegacia para a comparação entre os familiares. Porém, até o momento ninguém recebeu o resultado.
O pai está com Alzheimer e o restante da família espera que o resultado saia o quanto antes.
Esperamos realmente que Clarinha seja Cecília e que a família possa acolhê-la com todo amor.